Brasil fecha acordo de R$ 15 bilhões com Emirados Árabes para exploração de minerais estratégicos

Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, mostra documento firmado com os Emirados Árabes Unidos | Foto: Divulgação/MME

 

Por BPV Notícias

    O Brasil e os Emirados Árabes Unidos firmaram uma parceria bilionária no setor mineral. O acordo, que envolve um investimento de US$ 2,5 bilhões (cerca de R$ 15 bilhões na cotação atual), prevê a exploração de minerais estratégicos em território brasileiro, considerados essenciais para a transição energética global.

A formalização aconteceu nesta sexta-feira, 10, com a assinatura de um memorando de entendimento entre o Ministério de Minas e Energia do Brasil e o Ministério do Investimento dos Emirados Árabes Unidos.

Segundo o ministro Alexandre Silveira, o objetivo do acordo é promover a exploração, extração, processamento e comercialização de minerais estratégicos, além de incentivar o refino e a integração tecnológica no setor.

Transferência de tecnologia e integração econômica

Outro ponto destacado no memorando é a transferência de tecnologia dos Emirados Árabes Unidos para o Brasil. A iniciativa visa aumentar a competitividade da mineração nacional, aproximando empresas e startups brasileiras de agências governamentais e reguladoras árabes.

Silveira enalteceu a parceria como estratégica para o país. Segundo ele, além de reforçar a posição brasileira no cenário energético global, o acordo traz benefícios para a mineração sustentável e impulsiona a inovação, especialmente entre pequenas e médias empresas.

“Com o aumento das exportações brasileiras para os Emirados Árabes entre 2023 e 2024, o acordo projeta um relacionamento econômico mais robusto e diversificado”, declarou o ministro.

Intensificação das relações econômicas

Os números do comércio entre os dois países refletem essa intensificação. Em 2022, o Brasil exportou US$ 4,5 bilhões para os Emirados Árabes Unidos. Já em 2023, o valor subiu para US$ 3,2 bilhões, um crescimento de 43,5%.

A parceria representa mais um passo na tentativa de fortalecer o setor mineral brasileiro. No entanto, ela também levanta questões sobre a gestão de recursos estratégicos e a soberania nacional sobre a exploração de riquezas naturais.

Fonte: Revista Oeste