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Foto: Alex Silva/Estadão |
Por Redação BPV Notícias
Mesmo com o reajuste da taxa de juros máxima do crédito consignado para beneficiários do INSS, o Banco do Brasil decidiu manter a suspensão temporária das contratações por meio de correspondentes bancários. A taxa, que passou de 1,66% para 1,80% ao mês, foi definida em reunião do Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) na última quinta-feira, 9.
A decisão do banco, tomada em dezembro, foi justificada pela inviabilidade econômica da modalidade após o aumento da taxa Selic para 12,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). O Banco do Brasil, no entanto, continua oferecendo o crédito consignado via aplicativos, terminais de autoatendimento, internet e agências físicas.
Pressão dos bancos e limitação do aumento
Os bancos pleiteavam uma elevação mais agressiva no teto dos juros, para 1,99% ao mês, argumentando que apenas assim seria possível retomar a oferta da modalidade em maior escala, especialmente por meio de correspondentes bancários. Contudo, no CNPS, que inclui representantes do governo, trabalhadores e empregadores, prevaleceu a proposta do Ministério da Previdência Social de limitar o aumento a 1,80% ao mês.
O resultado ilustra uma disputa evidente entre a necessidade de tornar o crédito acessível para aposentados e pensionistas e o apetite do setor bancário por maior lucratividade. Com o reajuste aquém do solicitado, é incerto se outros bancos também restringirão suas operações, seguindo o exemplo do Banco do Brasil.
Impactos para aposentados e pensionistas
A elevação da taxa de juros reflete o desafio de equilibrar o acesso ao crédito para beneficiários do INSS e as condições impostas pelo mercado financeiro. O crédito consignado, uma das opções mais acessíveis para essa parcela da população devido às taxas reduzidas em comparação a outras modalidades, pode se tornar menos atrativo ou até mesmo indisponível em certos canais.
Ao manter a suspensão nos correspondentes bancários, o Banco do Brasil limita o acesso de aposentados e pensionistas que dependem desses intermediários, especialmente em localidades onde o acesso à tecnologia ou às agências é mais restrito.
Fonte: Estadão