IBGE comete gafe geográfica: troca siglas de MT e MS e “apaga” Acre de mapa da Amazônia Legal

 


📌 Fonte: g1 MS

Um erro inusitado por parte do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) voltou a acender o alerta sobre a responsabilidade na produção de dados oficiais: a inversão das siglas dos estados de Mato Grosso (MT) e Mato Grosso do Sul (MS), além da exclusão da sigla do Acre, onde apenas a capital Rio Branco foi mencionada. O mapa com os equívocos foi produzido em 2024 pelo próprio IBGE e estava publicado no site oficial.

O mapa, que constava em um material informativo digital do IBGE, foi retirado do ar nesta terça-feira (22), após a repercussão negativa. Procurado pelo portal G1, o instituto ainda não se pronunciou oficialmente sobre a falha até a última atualização da matéria.

Um erro recorrente com o MS

A inversão entre MT e MS é, infelizmente, uma confusão frequente, alimentada desde a criação de Mato Grosso do Sul, em 1977. Mas ver esse tipo de erro partir de uma instituição técnica como o IBGE — responsável pelo mapeamento e estatísticas oficiais do país — não passou despercebido.

No mapa em questão, a sigla “MS” foi usada para o território do Mato Grosso, enquanto o Mato Grosso do Sul foi rotulado como “MT”. Além disso, o estado do Acre sequer foi identificado por sua sigla, sendo substituído apenas pela menção à cidade de Rio Branco.

Amazônia Legal e a exclusão simbólica

O equívoco ganha peso adicional ao se considerar o tema do material: a Amazônia Legal — região estratégica que representa 59% do território nacional e abrange nove estados da federação, entre eles o próprio Acre, que foi virtualmente "apagado" da representação.

A Amazônia Legal é composta por:

  • Acre

  • Amazonas

  • Roraima

  • Rondônia

  • Pará

  • Amapá

  • Tocantins

  • Maranhão

  • Mato Grosso

Mato Grosso do Sul, importante lembrar, não integra esse bloco.

Além de abrigar a maior parte da população indígena do Brasil, essa região está no centro de debates internacionais, principalmente diante da proximidade da COP 30, que será sediada em Belém (PA), e das crescentes pressões sobre a política ambiental brasileira.

Raquel Lima

Sou Raquel Lima, jornalista dedicada a informar com qualidade e verdade. Busco temas relevantes, análises claras e coberturas que inspirem, sempre com compromisso e uma visão crítica dos fatos.

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