Ministro do TCU segurou processo que investigava fraudes bilionárias contra aposentados do INSS

 

Aroldo Cedraz, ministro do TCU, travou o processo ao não julgar os recursos apresentados por associações de aposentados | Foto: Reprodução/Redes sociais


O ministro Aroldo Cedraz, do Tribunal de Contas da União (TCU), retardou por quase um ano o julgamento de recursos de entidades acusadas de aplicar descontos indevidos em aposentadorias do INSS. A demora beneficiou diretamente associações investigadas pela Operação Sem Desconto, da Polícia Federal, que apura um esquema de fraude estimada em R$ 6 bilhões.

Segundo apuração do Metrópoles, Cedraz retirou o processo da pauta do plenário pelo menos cinco vezes, contrariando a prioridade legal dos recursos apresentados. O avanço do julgamento poderia ter levado à suspensão definitiva dos acordos que permitiam os descontos — o que só aconteceu nesta terça-feira (29), após o escândalo vir à tona.

As entidades APDAP Prev e Universo Associação, alvos da operação da PF, estavam entre as que aguardavam decisão do TCU. Em junho de 2024, o tribunal havia determinado o bloqueio de novos descontos, mas os débitos já existentes — que somavam cerca de R$ 3 bilhões por ano — continuaram.

Na época, o próprio ministro Cedraz chegou a criticar a inação do INSS, mas travou o julgamento dos recursos apresentados em 18 de junho. O processo só voltou à pauta após a repercussão negativa da reportagem publicada nesta semana.

A atitude do ministro gerou incômodo entre auditores, procuradores e outros ministros do TCU, diante da gravidade dos prejuízos para aposentados e pensionistas.

Fonte: Metrópole

Raquel Lima

Sou Raquel Lima, jornalista dedicada a informar com qualidade e verdade. Busco temas relevantes, análises claras e coberturas que inspirem, sempre com compromisso e uma visão crítica dos fatos.

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