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Presidente Lula - Foto: reprodução/redes sociais |
Apesar de uma semana marcada por desgastes no governo federal, grupos de esquerda e sindicalistas optaram por preservar a imagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mesmo diante da grave operação da Polícia Federal que investiga fraudes bilionárias no INSS e do fracasso nas articulações ministeriais.
O presidente, que se ausentará pela primeira vez das celebrações do 1º de Maio em São Paulo, tenta evitar novo constrangimento como o do ano passado, quando o ato reuniu público abaixo do esperado. A ausência de Lula em uma data historicamente ligada ao PT levanta questionamentos sobre seu desgaste político e popular.
Mesmo com o escândalo envolvendo aliados do ministro Carlos Lupi (PDT) na Previdência Social, e a queda do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, não houve críticas públicas da base governista ao petista. Parlamentares e sindicalistas optaram pelo silêncio, enquanto o Planalto se esforça para isolar Lula das responsabilidades.
Internamente, no entanto, há sinais de tensão. Lula estaria pressionado a decidir se mantém ou demite Lupi, enquanto o PDT ameaça deixar a base caso perca espaço no governo. A legenda comanda atualmente 17 deputados e 3 senadores.
A instabilidade se agravou após o recuo do deputado Pedro Lucas Fernandes (União Brasil-MA), que rejeitou o Ministério das Comunicações 12 dias após o anúncio de sua nomeação. A situação expôs as fragilidades das articulações políticas do Planalto e ampliou as incertezas sobre o apoio do centrão.
Nos bastidores, o temor é de que novos desgastes comprometam a estratégia de Lula para 2026. Com baixa popularidade e aliados cada vez mais pragmáticos, o presidente tenta preservar a própria imagem em meio ao fogo cruzado.
Fonte: Oeste