No Chile, Lula defende regulação das redes e diz que eleições não garantem mais a democracia


Presidente brasileiro participou de encontro com líderes progressistas da Ibero-América e voltou a cobrar controle sobre plataformas digitais

Durante discurso realizado nesta segunda-feira (22), em Santiago, no Chile, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que “cumprir o calendário eleitoral a cada quatro ou cinco anos não é mais suficiente para garantir a democracia”. A fala ocorreu durante um encontro com chefes de Estado de orientação progressista da Ibero-América, que discutiram o avanço da influência digital em processos políticos.

Ao lado dos presidentes Gabriel Boric (Chile), Gustavo Petro (Colômbia), Yamandú Orsi (Uruguai) e do primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sanchéz, Lula defendeu a urgência de regulamentar as plataformas digitais como resposta ao que classificou como uma nova “ofensiva antidemocrática”.

“A chave para um debate público livre e plural é a transparência de dados e uma governança digital global”, afirmou o presidente, sinalizando apoio a uma estrutura regulatória transnacional para a internet.

Democracia sob nova definição

Para Lula, a legitimidade democrática não se sustenta apenas em eleições periódicas, mas na capacidade das instituições de responderem às demandas da sociedade diante do que chamou de “descrédito” dos sistemas políticos tradicionais e dos partidos.

O discurso reforça a narrativa do Planalto de que a atuação de agentes digitais não regulados muitas vezes associados a movimentos tidos como “extremistas”  teria papel central na erosão institucional de democracias da América Latina.

Raquel Lima

Sou Raquel Lima, jornalista dedicada a informar com qualidade e verdade. Busco temas relevantes, análises claras e coberturas que inspirem, sempre com compromisso e uma visão crítica dos fatos.

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