A partir de 2025, partidos do “Centrão” irão à frente de governos que representam 74% da população brasileira; confira o balanço das eleições

Foto: Divulgação/internet

 

        A partir de 1º de janeiro de 2025, três em cada quatro municípios brasileiros serão governados por prefeitos de partidos de “centro”, ilustrando o fortalecimento do “centrão” e da direita no cenário político local e nacional. O saldo das urnas das eleições municipais indica que 4.022 dos 5.569 municípios do Brasil serão administrados por representantes do PSD, MDB, Progressistas (PP), União Brasil, PL ou Republicanos. Em comparação, essas legendas somavam apenas 2.652 prefeituras em 2012, crescendo de forma contínua e significativa ao longo dos anos.

Esse resultado reflete uma mudança substancial no poder político municipal, com o PL liderando o “G-103” (grupo dos maiores municípios, com mais de 200 mil habitantes), ao eleger 16 prefeitos. Esse fortalecimento sinaliza a relevância da legenda de Bolsonaro para o próximo pleito legislativo, em 2026, onde essas bases locais podem servir de impulso para conquistar mais cadeiras no Congresso Nacional.


PSD em Destaque: Crescimento e Estratégia Nacional


Dentro do bloco de partidos do “centrão”, o PSD tem se destacado ao aumentar seu número de prefeituras em 35%, alcançando 887 administrações. O crescimento do PSD foi impulsionado por uma série de alianças estratégicas, como sua participação no governo Lula em âmbito nacional e seu apoio ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), figura que tem ganhado popularidade. Esse crescimento permitiu que o PSD ultrapassasse o tradicional MDB em capilaridade política pela primeira vez em duas décadas.


Expansão do Republicanos e a Recuperação do MDB


Enquanto o MDB aumentou o número de prefeituras de 793 para 856 (um crescimento de 8%), o partido foi superado pelo PSD em relevância no cenário nacional. O Republicanos, por outro lado, obteve um crescimento expressivo, saltando de 80 prefeituras há 12 anos para 433, mostrando a expansão acelerada de sua influência política. 


Progressistas e União Brasil: Avanços na Estrutura de Poder


O Progressistas, que atualmente ocupa a presidência da Câmara dos Deputados com Arthur Lira (PP-AL), cresceu de 690 para 746 prefeituras, consolidando-se como uma das principais forças políticas do “centrão”. Já o União Brasil, mesmo ganhando 24 municípios, alcançou 584 prefeituras, mas com um desempenho menos expressivo, agora ameaçado pela ascensão do PL, que teve um crescimento notável de 50%, controlando atualmente 516 municípios.

















Influência sobre o Executivo Federal


Embora as eleições municipais não sejam necessariamente indicativas da corrida presidencial, analistas afirmam que os resultados podem influenciar fortemente a composição do Congresso Nacional nas eleições subsequentes. Esse cenário projeta uma gestão mais dependente do “centrão” para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e seu sucessor, que podem ter que negociar com um bloco central cada vez mais forte e coeso.

O desempenho das legendas do “centro” e da direita mostra que, para a próxima legislatura, o Executivo federal poderá enfrentar desafios ainda maiores na negociação de pautas e na formação de alianças estratégicas com um Congresso que deverá estar ainda mais fragmentado e alinhado com o "centrão".

Por: Redação




Raquel Lima

Sou Raquel Lima, jornalista dedicada a informar com qualidade e verdade. Busco temas relevantes, análises claras e coberturas que inspirem, sempre com compromisso e uma visão crítica dos fatos.

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