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Foto: Divulgação/Agência Brasil |
Por: Redação BPV notícias
A proposta de Emenda à Constituição (PEC) que sugere o fim da escala de trabalho 6×1, na qual o trabalhador possui uma folga a cada seis dias trabalhados, tem atraído cada vez mais atenção no Congresso Nacional e nas redes sociais. A PEC é de autoria da deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) e visa reduzir a jornada semanal para 36 horas, distribuídas em quatro dias de trabalho por semana, com limite de 8 horas diárias.
Para que comece a tramitar formalmente na Câmara dos Deputados, a PEC necessita do apoio de pelo menos 171 dos 513 deputados. Até a noite desta segunda-feira (11), a proposta já contava com 134 assinaturas. Entre os parlamentares apoiadores estão os paraibanos Luiz Couto (PT) e Ruy Carneiro (Podemos), que se uniram a Hilton em prol de uma reformulação nas condições de trabalho.
Detalhes da Proposta
O texto da PEC prevê mudanças significativas na organização do trabalho. A proposta de Erika Hilton sugere:
- Redução da carga horária semanal para 36 horas;
- Limite de 8 horas diárias de trabalho;
- Implantação de uma jornada de 4 dias por semana, ao invés dos atuais 6×1.
A deputada defende que a mudança tem o potencial de melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores, permitindo um maior equilíbrio entre vida profissional e pessoal, além de aumentar a produtividade e bem-estar geral.
Posicionamento do Ministério do Trabalho e Emprego
O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) manifestou-se por meio de nota, afirmando que acompanha o debate em torno do fim da jornada 6×1 e considera a redução da carga horária "plenamente possível e saudável". O MTE ressaltou que essa reconfiguração da jornada pode trazer benefícios à saúde mental e física dos trabalhadores e está alinhada com uma tendência observada em alguns países, que buscam adaptar a rotina de trabalho às novas realidades e necessidades.
Apoio e Repercussão
A proposta tem gerado discussões intensas nas redes sociais e dividido opiniões entre especialistas. Defensores da PEC argumentam que uma jornada reduzida pode não só aumentar a qualidade de vida dos trabalhadores, mas também gerar mais empregos, já que empresas poderiam contratar mais para suprir as horas reduzidas. Críticos, no entanto, expressam preocupação com o impacto econômico e a adequação da proposta à realidade de diferentes setores.
A iniciativa segue em análise na Câmara e aguarda atingir o número necessário de assinaturas para tramitar. Caso avance, será submetida a discussões nas comissões e, em seguida, ao plenário.