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Pela primeira vez, as mulheres lideram a maioria das unidades domésticas na Paraíba, refletindo uma mudança histórica nas dinâmicas familiares do estado. Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2022, 51,7% dos lares paraibanos tinham uma mulher como responsável, um aumento significativo em comparação com o Censo de 2010, quando essa proporção era de apenas 38,8%. Essa transformação acompanha uma tendência observada em outras regiões do Brasil, onde o papel feminino na organização dos lares vem ganhando força.
Esse dado é parte do levantamento “Censo Demográfico 2022: Composição domiciliar e óbitos informados: Resultados do universo” e aponta uma evolução na representatividade feminina que não se limita à Paraíba. Em nove estados brasileiros, as mulheres também ultrapassaram a marca dos 50% na chefia dos lares, especialmente no Nordeste. Entre os estados com maior presença feminina no comando das residências, destacam-se Pernambuco (53,9%), Sergipe (53,1%) e Maranhão (53,0%), reforçando o protagonismo das mulheres na condução dos lares.
O avanço de 12,9 pontos percentuais na Paraíba reflete mudanças sociais importantes, com mulheres assumindo, cada vez mais, papéis centrais nas estruturas familiares. Esse movimento acompanha transformações no Brasil, onde, dos 72,5 milhões de lares registrados em 2022, 49,1% têm agora uma mulher como responsável. Em comparação, o Censo de 2010 apontava que 61,3% das unidades eram lideradas por homens, evidenciando uma reconfiguração significativa nas estruturas familiares do país.
Especialistas em relações de gênero e estudos familiares avaliam que o crescimento da participação feminina na chefia dos lares revela uma independência cada vez maior, com mulheres ocupando espaços de gestão e sendo responsáveis pela organização financeira e administrativa das famílias. Esse protagonismo crescente reflete também avanços na educação e no mercado de trabalho, que têm impulsionado a independência econômica feminina em muitas regiões do país.
A mudança é especialmente relevante em um contexto de transformações sociais mais amplas, onde as configurações familiares se adaptam a novas demandas e dinâmicas. Segundo analistas, o aumento da participação feminina na chefia dos lares deve continuar crescendo, consolidando a presença e a importância das mulheres nas famílias e na sociedade como um todo.
Fonte: IBGE
Por: Redação